Há alternativas ao concreto tradicional que são sustentáveis e minimizam os prejuízos ambientais.

4 opções de concreto que são sustentáveis

A emissão de gás carbônico é uma questão preocupante, tendo em vista que contribui para o efeito estufa, grande vilão da sustentabilidade e do meio ambiente. Estima-se que o C02 é responsável por cerca de 60% dessa preocupante questão ambiental.

A produção de cimento, presente na versão tradicional do concreto, amplamente utilizado como matéria-prima na construção civil, produz cerca de 7% da emissão global de gás carbônico no planeta. Os dados são da Global Cement and Concrete Association (GCCA). 

Felizmente, cientistas e engenheiros em várias partes do mundo têm se dedicado a desenvolver alternativas ao concreto tradicional. Parte dos concretos sustentáveis não vêm com cimento. Os concretos sustentáveis visam reduzir ao máximo os prejuízos ambientais.

Abaixo, conheça 4 opções de concreto desenvolvidas em diferentes países que são sustentáveis.

  • No Japão, os cientistas Yuya Sakai e Ahmad Farahani desenvolveram na Universidade de Tóquio um concreto sem cimento. Essa técnica inovadora é baseada na produção de tetraalcoxissilano a partir da areia em reação com álcool e um catalisador, garantindo a união entre as partículas e a resistência do concreto. 
  • Em 2012, o “concreto não-estrutural”, desenvolvido pelo professor Javier Mazariegos Pablos, na USP, foi patenteado. Trata-se de um concreto produzido a partir de rejeitos que geralmente são despejados em aterros industriais por companhias siderúrgicas e de fundição. A resistência do concreto não estrutural é de 56 MPa [megapascal], ao passo que a do concreto convencional varia de 25 a 30 MPa. 
  • O bioconcreto é um material que se autorregenera, além de solucionar as rachaduras e fissuras em edifícios de forma mais sustentável e econômica. Uma das pesquisas mais conhecidas sobre o assunto foi realizada na Universidade Técnica de Delft, na Holanda, onde o concreto tradicional se mistura às colônias da bactéria Bacillus pseudofirmus. No Brasil, o NUMATS, ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foca no desenvolvimento de bioconcreto utilizando resíduos vegetais na forma de agregados em matrizes cimentícias. 
  • Sabe-se que a energia solar é altamente sustentável e econômica, tendo em vista que utiliza a própria luz do sol. Neste sentido, as telhas fotovoltaicas de concreto, inseridas na parte de cima das telhas de concreto, fazem a captação de energia solar. No Brasil, essa tecnologia é produzida pela Tégula Solar, marca subsidiária da Eternit, fabricante de telhas e materiais de construção.

Os exemplos citados neste blog post provam que é possível reinventar a maneira como as construções civis são feitas. No entanto, é preciso ter discernimento. A partir do concreto não-estrutural desenvolvido na USP, por exemplo, é possível fabricar bloquetes, guias, grelhas, sarjetas, contrapisos, blocos para alvenaria de vedação e outras peças de uso não estrutural. Por outro lado, não deve ser empregado em estruturas como pilares e vigas.

De forma geral, é com grande satisfação que vemos o desenvolvimento de mais alternativas ao cimento e ao concreto tradicional que são sustentáveis, não-poluentes, resistentes e altamente duráveis. Tudo isso prova que é possível fazer uma construção civil mais eco friendly. O meio ambiente agradece.

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